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Weintraub, o anti-globalista, no Banco Mundial

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Imagem do site Recontaai.com.br

Investigado pelo STF no Inquérito das fake news e “recém-saído” do Ministério da Educação Weintraub, mesmo anti-globalista, anuncia sua ida ao Banco Mundial.

O Banco Mundial é um organismo internacional que promove o desenvolvimento de países ao redor do mundo. Sua sede é em Washington (EUA) e ele foi criado com o espírito que norteou o Acordo de Bretton Woods.

Além de um banco que empresta a países em desenvolvimento, o Banco Mundial possui o status de observador do Grupo de Desenvolvimento das Nações Unidas. Sua missão é a erradicação da pobreza no mundo e a construção de uma prosperidade compartilhada.

À primeira vista, tal história e objetivos não se combinam com a trajetória de  Abraham Weintraub. Nesta quinta-feira (18), em um vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Weintraub anunciou sua saída do Ministério da Educação (MEC), afirmando ter recebido um convite para trabalhar no Banco Mundial.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, se pronunciou sobre a saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação.

“É porque não sabem que ele trabalhou no Banco Votorantim, que quebrou em 2009 e ele era um dos economistas do banco”, disse a jornalistas.

Rodrigo Maia acaba de comentar sobre a ida do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, para o Banco Mundial. pic.twitter.com/SxQGX0IAPE

— Mateus Oliveira (@mateusno) June 18, 2020

O ministro – sua exoneração ainda não foi publicada no Diário Oficial até então – se considera um lutador anti-globalista. Indicado para substituir o primeiro ministro da Educação do governo Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodrigues, Weintraub dividia com ele a adoração ao guru Olavo de Carvalho.

Vídeo de Weintraub na Cúpula Conservadora das Américas em 2018

Um anti-globalista em um banco global

Como o Brasil lidera nove países no Banco Mundial e é o maior acionista, pode fazer a indicação ao cargo. Esse posto está vago desde o mês de maio.

Apesar da prerrogativa do Brasil de indicar Weintraub, é possível que haja certo mal-estar na instituição. Abraham Weintraub já foi acusado de racismo ao atacar reiteradamente a China, além de ofender Emmanuel Macron, presidente da França. Não é comum que um homem, cuja mentalidade é tão refratária aos que veem de fora, ocupe uma cadeira em um órgão essencialmente internacionalista.