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Vídeo: Militante do PT é ameaçado por bolsonarista armado em Brasília

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Bolsonarista armado ameaça militante do PT

Fabiano Trompetista é um dos mais conhecidos militantes do Partido dos Trabalhadores (PT). Pelo som do seu trompete, o presidente Lula era relembrado, diariamente, da imensa militância que esteve em vigília durante os 580 de sua prisão injusta. Icônico, e bastante conhecido em Brasília - unidade da federação por onde saiu candidato a deputado distrital nas últimas eleições - Fabiano entrou nas estatísticas de petistas vítimas da violência bolsonarista.

Por volta das 18h do último sábado (26), Fabiano estava com sua esposa e uma amiga no carro quando um militante de extrema-direita se sentiu no direito de ameaçá-lo com uma arma. "Estava dirigindo e na altura do Memorial Juscelino Kubitschek um homem em um carro preto começou a gesticular em direção ao meu carro. No primeiro momento achei que era em apoio ao PT, já que meu carro tem adesivos do partido e de Lula, e dei três buzinadas amistosas", relata o músico.

Porém, Fabiano prossegue, "o homem continuou gesticulando, acabei me detendo no gesto e vi que era um gesto que remetia a roubo". O motorista bolsonarista não se deu por satisfeito. "Ele abaixou o vidro e falou: cúmplice de bandido. Aí eu respondi: 'cês perderam'". A situação ameaçadora seguiu por cerca de 3,7km, até o Túnel Ayrton Senna.

"Ele continou insultando, ele me chamou de assassino, cachaceiro - quem me conhece sabe que só bebo quando o Brasil ganha a Copa ou o Vasco ganha campeonato. Injuriou Lula, a mim e ao partido ao qual pertenço. E quando viu que não caí nas ameaças mostrou uma arma pra mim", desabafou a vítima.

Quem é o agressor de Fabiano Trompetista

Fabiano não perdeu tempo e fez a denúncia no mesmo dia. No boletim de ocorrência, lavrado na delegacia, consta crime de cunho político. "Esse tipo de situação tem que ser combatida e denunciada. Porque isso empodera a violência deles, isso precisa parar", afirmou o militante do PT.

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Fabiano ainda disse que os amigos para quem contou a situação ficaram revoltados e começaram a investigar quem era o agressor. O homem é sargento do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e atualmente está cedido para a Casa Civil do governo Bolsonaro (PL). O bombeiro ainda prestou serviço na segurança do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e, apesar de militar, tem participação em duas empresas, uma delas com um contrato de R$ 1,3 milhão com o Distrito Federal.

"Esse caso é curioso porque é o resumo do Brasil. Um miltar que saiu da sua função primária - proteger e salvar vidas - para mamar no Estado. E está desesperado porque a mamata vai acabar", finaliza Fabiano.