Pular para o conteúdo principal

Vendas no comércio caem em dezembro; retração deve continuar com fim do auxílio emergencial

Imagem
Arquivo de Imagem
Imagem do site Recontaai.com.br

O volume de vendas do comércio varejista caiu 6,1% em dezembro na comparação com novembro. É a queda mais intensa para um mês de dezembro de toda a série histórica, iniciada em 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Com o recuo de dezembro, as vendas do varejo se igualaram ao patamar de fevereiro, período pré-pandemia. Já  no acumulado de 2020, o comércio varejista fechou com alta de 1,2%.

Siga a página do Reconta Aí no Instagram.
Siga a página do Reconta Aí no Facebook.
Adicione o WhatsApp do Reconta Aí para receber nossas informações.
Siga a página do Reconta Aí no Linkedin

Emilio Chernavsky, doutor em Economia, lembra que entre maio e agosto, as vendas no comércio cresceram fortemente, embaladas pelo auxílio emergencial de R$ 600. Com a queda do valor do auxílio para R$ 300 a partir de setembro, elas pararam de crescer e ficaram estagnadas até cairem em dezembro.

“A hipótese para essa queda ter ocorrido apenas nesse mês e não antes é que muitas pessoas conseguiram fazer alguma poupança nos primeiros meses do auxílio, mas passaram a consumi-la quando ele caiu pela metade”, aponta.

“Como era pequena, para muitos acabou e os gastos precisaram ser cortados no fim do ano. Com o fim do auxílio em dezembro, os números negativos devem continuar nos próximos meses”, avalia.

Todas as dez atividades caem em dezembro

Todas as dez atividades do comércio varejista fecharam dezembro com queda frente a novembro.

Confira:

Outros artigos de uso pessoal e doméstico caiu 13,8%, enquanto tecidos, vestuário e calçados recuou 13,3%. Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,8%), móveis e eletrodomésticos (-3,7%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-2,7%), além de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,6%), combustíveis e lubrificantes (-1,5%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%) completam o comércio varejista.

No varejo ampliado, a queda em veículos, motos, partes e peças foi de 2,8% enquanto em material de construção, o recuo foi 1,8%.