Trabalhadores do sistema Eletrobras devem realizam um protesto nas proximidades do Tribunal de Contas da União (TCU) na quarta-feira (20). Na data, o órgão fará a análise final do projeto de privatização da estatal, defendida pelo governo federal.
De acordo com notícias veiculadas na imprensa, apesar da data marcada para a decisão - da qual depende os planos do Planalto - um grupo de ministros do TCU cogita adiar um posicionamento final por mais 20 ou 30 dias.
Em consonância com a mobilização dos funcionários da estatal, deputados do PT ingressaram com duas ações questionando o processo de privatização da empresa.
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A primeira, no próprio TCU, pede a suspensão das análises e do processo de privatização até que o governo federal divulgue estimativas de qual seria o impacto tarifário que ocorreria no caso de o Estado brasileiro perder o controle acionário da Eletrobras. Críticos da privatização sustentam que as tarifas tendem a subir e, além disso, a expansão e manutenção do sistema sofreria em áreas vistas como não lucrativas pelo setor privado.
A segunda ação dos petistas foi dirigida ao Judiciário. Os parlamentares questionam a precificação realizada pelo governo federal - ponto levantado pelo ministro do TCU Vital do Rêgo em uma decisão anterior. Os deputados afirmam que o preço da Eletrobras deve ser definido a partir de sua capacidade total de produção energética - e não pela produção atual.
No Judiciário, os parlamentares da oposição pedem também a suspensão liminar do processo de privatização.