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Sucesso da Caixa é usado para privatização, criticam representantes de trabalhadores

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Representantes de funcionários da Caixa Econômica Federal têm reagido às tentativas de privatização do Banco Público, cuja estratégia de venda é o fracionamento e abertura de capital ao mercado.

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Muitas vezes, governos utilizaram a precarização e o desmonte de empresas públicas para justificar privatizações, sob o falso argumento da falta de eficiência. O caso da Caixa, assim, evidenciaria de forma direta que a intenção de entrega do patrimônio público à iniciativa privada é uma constante do atual governo.

O fato de que se defenda a privatização da Caixa, mesmo esta demonstrando sucesso em suas funções, não se sustenta ao olhos de Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae)

“Metade da população passou pela Caixa em 2020 e, mesmo assim, o governo continua atuando para enfraquecer o banco”, disse. “A população reconhece o papel da Caixa. É fundamental fazer o debate com toda população. A defesa dos Bancos Públicos passa pela defesa da soberania e pela defesa da democracia. Só dessa maneira teremos empresas públicas fortes como gostaríamos”.

A declaração foi dada durante uma audiência pública promovida nesta quarta-feira (3) pelo vereador do Rio de Janeiro Lindbergh Farias (PT), da qual também participou Rita Serrado, representante eleita dos funcionários no Conselho de Administração da Caixa.

“Com toda dificuldade, os empregados da Caixa cumpriram uma função fenomenal [na pandemia]. Os trabalhadores se superaram nessa crise. Ao invés de toda essa inovação tecnológica e expertise ser utilizada como marco de gestão pública, está se utilizando para defender a privatização”, complementou Serrano.

A Caixa avançou em tecnologia para atender milhões de brasileiros na pandemia, se tornando exemplo de eficiência e inovação pública. O banco pode ampliar sua plataforma digital sem necessidade de transferir investimentos públicos para nova subsidiária com o objetivo de privatizar, como quer a direção do banco.

Fabiana Uehara, coordenadora da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa), ressaltou uma outra dimensão do desgaste que a Caixa tem enfrentado: a redução do número de empregados.

“Enquanto existir desigualdade, empresas públicas são essenciais. A Caixa é banco da habitação, mas não só. Que outro banco investe infraestrutura. A gente já perdeu mais de 20 mil empregados [desde 2016]. No processo de desconstrução da Caixa, menos empregados significa piora no atendimento à população”, afirmou.

O ápice de número de funcionários da Caixa se deu em 2014, quando o banco tinha 101 mil empregados ativos.