A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, aprovou nesta terça-feira (9) convite para que os ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Economia, Paulo Guedes, além do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, prestem informações sobre os sucessivos aumentos de preços dos combustíveis no país.
Autor do requerimento, o presidente da CAE, senador Otto Alencar (PSD-BA), alega que em 2021 a Petrobras já aumentou 11 vezes os preços da gasolina e 9 vezes os do diesel. Neste ano, a gasolina subiu 74%, e o diesel, 64,7%. "Não há como aceitar esse preço de paridade internacional todo baseado no dólar", expôs o presidente da CAE.
LEIA TAMBÉM:
- Petrobras: De quem é a culpa dos preços exorbitantes dos combustíveis e do gás
- Combustíveis: preço volta a ter dois dígitos após vírgula na bomba
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) questionou a dolarização, diante do fato de os petroleiros receberem em real. "A população está passando dificuldade, porque o aumento de 74% no preço da gasolina em um ano, por exemplo, aumenta a inflação e, em consequência, aumenta a taxa de juros. A inflação de 12% para quem ganha um salário mínimo é R$ 120. Isso não é concebível. Imagina o impacto disso na vida das famílias", disse.
Segundo informação divulgada nesta segunda-feira (8) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro da gasolina comum nos postos de combustíveis no País chegou a R$ 6,71, na semana entre 31 de outubro e 6 de novembro.
O diesel também registrou grande variação no país, com preço médio de R$ 5,33.
Com informações da Agência Senado/ANP