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Representação feminina em cargos de liderança em Ciência e Tecnologia não passa de 2%

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mulheres na ciência

 A pouca presença de mulheres em posições de liderança, as dificuldades em carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês) e a acentuada desigualdade racial são destaques de uma pesquisa divulgada hoje (15) como parte do Gender Summit - encontro virtual que vai até o dia 23 de setembro para discutir a importância feminina na ciência.

A Pesquisa Comparativa sobre Mulheres e Meninas em STEM na América Latina indica que, nos cargos políticos mais elevados em Ciência e Tecnologia, a representação feminina não passa de 2%.

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Vera Oliveira, gerente sênior de Educação Superior do British Council, diz que, ao longo da carreira, as mulheres enfrentam diversas barreiras e falta de incentivos, dentro e fora da academia, para alcançar posições mais altas.

“Usa-se o [curriculum] Lattes de uma mulher e de um homem para comparar o rendimento acadêmico: o tanto que publicaram em certo período. Só se comparava os anos e via quem tinha mais publicação, então o homem rendia mais.”

Segundo ela, o período de afastamento por licença era desconsiderado. “A mulher é penalizada na produtividade acadêmica justamente por assumir essa nova responsabilidade.” 

Segundo dados da pesquisa, as bolsas científicas em STEM são 91.103 no Brasil, das quais 58% foram concedidas a pesquisadores brancos.

A participação de pesquisadores negros é de 26% e a de indígenas não chega a 1%. Com o recorte de gênero, entre as bolsistas, 59% são brancas. As mulheres negras representam 26,8%.

As informações são da Agência Brasil