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Reajuste dos bancários vai injetar quase R$ 8,1 bilhões na economia brasileira

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Imagem do site Recontaai.com.br

Depois de 15 rodadas de negociação, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) chegaram a um acordo para o reajuste da categoria.

A proposta final foi negociada na madrugada deste domingo (30) e vai injetar quase R$ 8,1 bilhões na economia brasileira. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Somente o reajuste da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) representa R$ 6,2 bilhões na economia. Já o reajuste salarial e o abono vão injetar outros R$ 1,66 bilhões.

De acordo com a técnica do Dieese, Vivian Machado, em um momento de crise como o que o País está vivendo, esses reajustes são de extrema importância. “Imagina quão importante é para vários municípios das regiões Norte e Nordeste, que são tão carentes, uma injeção de dinheiro que vem do salário dos bancários daquela região”, explica Vivian.

Para ela, os municípios menores vão sentir muito esse impacto, pois os bancários possuem uma renda acima da média local. Vivian acrescenta ainda que o vale alimentação é um grande destaque, pois representa movimentação para os estabelecimentos pequenos e, consequentemente, para a economia local.

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reajusteImagem: Contraf/CUT

Sobre o acordo

Pelo acordo com a Fenaban, ficou definido um reajuste de 1,5% para salários, com abono de R$ 2 mil, para 2020. Também terá uma reposição da inflação (estimada em 2,74%) para verbas como vales alimentação e refeição e auxílio-creche/babá.

No entanto, para 2021, a negociação garante reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Além disso, terá aumento real de 0,5% para salários e demais verbas, assim como para os valores fixos e tetos da PLR.

A proposta prevê ainda a manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho e dos acordos específicos de bancos públicos por dois anos.