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Queiroga tenta blindar Bolsonaro em CPI da Covid

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Marcelo Queiroga, atual ministro da Saúde, buscou poupar o presidente da República Jair Bolsonaro durante seu depoimento nesta quinta-feira (6) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado.

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Além de se esquivar de dar uma resposta objetiva quanto ao seu posicionamento em relação à cloroquina, Queiroga afirmou "ter autonomia" e que seu papel não era "criticar o presidente ou qualquer outro integrante do governo".

Apesar de mencionar a existência de autonomia em sua atuação, afirmou não ter sido consultado sobre a possibilidade de um decreto presidencial proibindo medidas restritivas por parte de governadores e prefeitos.

Neste tema, Queiroga não só evitou dar respostas categóricas como disse apoiar o presidente em sua defesa da liberdade.

O anúncio de Bolsonaro ainda não concretizado, além do conteúdo sobre a questão sanitária, disparou contra os outros poderes, ao afirmar que "desta vez" ninguém o contestaria.

Em relação à quebra de patentes das vacinas, apoiada pelos EUA, o ministro manteve a posição de Bolsonaro, contrária.

Em um momento Queiroga se distanciou de Bolsonaro: "Desconheço guerra química vinda da China", em referência à hipótese aventada pelo presidente recentemente.

A declaração do presidente é vista como desastrosa para as relações com a China, país do qual o Brasil depende para a obtenção de insumos.

Originalmente, Queiroga prestaria depoimento após seus antecessores no cargo. Eduardo Pazuello, entretanto, pediu adiamento de seu relato afirmando ter mantido contato com dois infectados por covid. Sua presença agora está prevista para o dia 19.

Há grande apreensão no Planalto em relação a Pazuello. O ministro deve ser questionado sobre sua ciência prévia da possibilidade de colapso em Manaus.

A questão se tornou ainda mais problemática após duas notícias. O vice-governador do Amazonas ter afirmado que o Executivo Federal havia escolhido a cidade para testar a hipótese da imunidade de rebanho. Posição que se agrava com o fato de que a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro - conhecida como "capitã cloroquina" -, confessou ao Ministério Público Federal ter organizado viagem à capital amazonense para divulgar o medicamento.