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Queimar a Amazônia pega mal até com ‘capitalistas selvagens’

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Imagem do site Recontaai.com.br

Investidores que controlam R$ 65 trilhões em fundos fazem manifesto pela Amazônia. Os 230 fundos que assinam o documento relatam que temem o impacto financeiro da má gestão ambiental.

Escaldados pelo crime ambiental da Vale em Brumadinho no início do ano, os investidores dos principais fundos de investimentos mundiais receiam colocar seus recursos em empresas com potencial de grandes perdas financeiras por má gestão ambiental. Além disso, os fundos de investimento não querem colar sua imagem aos grandes vilões do meio ambiente.

Se quem rasga dinheiro é doido, quem queima é o que?

O episódio não é isolado: recentemente, empresas como a H&M deixaram de comprar insumos do Brasil por causa das queimadas na Amazônia. Além das empresas, países chegaram a propor boicotes aos produtos brasileiros como forma de pressionar os governantes doo Brasil sobre o tema.

Ainda ontem, 18, a ONU vetou o discurso do Brasil na Cúpula do Clima da organização.

Trilhões de motivos para preservar a Amazônia

Ao contrário do que pensa o presidente Bolsonaro, questão ambiental não é coisa só para veganos. Ela têm mobilizado atores sociais dos mais diferentes matizes ideológicos.

Aberdeen Standard Investments, Amundi, Aegon Asset Management, entre outros fundos de investimento, não podem ser chamados de ambientalistas. Mesmo assim, não toleram mais os riscos da irresponsabilidade com o futuro do planeta.

O comunicado lançado ao mercado ontem preconiza uma série de práticas que os maiores fundos de investimento do mundo esperam do Brasil:

  1. Divulgar e implementar publicamente uma política de não desmatamento específica de mercadorias com compromissos quantificáveis ​​e com prazo determinado, cobrindo toda a cadeia de suprimentos e suprimentos
    geografias.
  2. Avaliar operações e cadeias de suprimentos quanto ao risco de desmatamento e reduzir esse risco ao nível mais baixo possível, divulgando essas informações ao público.
  3. Estabelecer um sistema transparente de monitoramento e verificação para conformidade do fornecedor com a política de não desmatamento da empresa.
  4. Relatórios anuais sobre exposição e manejo de riscos de desmatamento, incluindo progresso em direção à política de não desmatamento da empresa.

Resta saber agora se o governo brasileiro vai proteger a Amazônia da voracidade dos criminosos que a destroem, ou se seguirá fazendo gracejos com a maior floresta tropical do mundo.