Professores da cidade de São Paulo organizaram hoje (16) uma carreata contra a antecipação do recesso dos estudantes para a fase emergencial da pandemia
Pedindo vacinas e condições seguras de trabalho, professoras e professores da cidade de São Paulo fizeram uma carreata nesta terça-feira (16) motivada pela decisão do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, de antecipar o recesso escolar para a fase emergencial da pandemia.
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O motivo da indignação é que profissionais de todo o país conseguiram no dia 9 de março o direito de se manter em teletrabalho durante os estágios de maior contágio na pandemia. Porém, em São Paulo, o prefeito resolveu driblar a decisão judicial proferida pela Juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, antecipando as férias.
De acordo com a direção do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) e do Fórum das Entidades, há outro motivo para prefeito decretar o recesso ecolar: não atender as reivindicações da greve iniciada no dia 10 de fevereiro.
No mesmo sentido, o movimento denuncia que gestores, quadros de apoio e analistas dos CEUs estão trabalhando presenciamente, o que contraria a ordem judicial.
Carreata contra a desmobilização da greve
A prefeitura ainda é acusada pelo movimento grevista por utilizar o recesso como forma de desmobilizar a greve. Segundo o Sindsep, essa manobra busca arrefecer a movimento grevista e fazer cessar a cobrança por medidas que possam proteger alunos e professores na volta às aulas, marcada para 5 abril.
“A nossa principal reivindicação ainda não foi atendida. O estabelecimento de todos os trabalhadores da Educação em trabalho remoto”, disse Maciel Nascimento, secretário dos trabalhadores da educação do Sindsep.
Nascimento afirma que a Secretaria Municial de Educação tem insistido em manter gestores, quadro de apoio, analistas e mães atendendo em atividade presencial. O motivo para tal, esclarece Nascimento, seria a recepção de alunos para alimentação.
O que os profissionais de educação exigem
O Sindsep e outras entidades que compõem o Fórum exigem que antes do retorno presencial às aulas, a prefeitura deve tomar as seguintes medidas:
- Testagem para Covid-19 (teste RT-PCR) para profissionais e estudantes;
- Vacinação da comunidade escolar (famílias e trabalhadoras/es) pelo SUS;
- Recomposição do quadro de servidores das unidades escolares;
- Adequação estrutural das unidades escolares (obras de ventilação, ampliação banheiros…);
- Fornecimento de EPIs homologados (máscaras PFF2…) pelo Inmetro para profissionais e estudantes.