A Medida Provisória (MP) 995, que viabilizava o plano de privatização da Caixa, perdeu a validade nesta quinta-feira (3). O texto foi assinado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente Jair Bolsonaro, mas não foi votado pelo Congresso Nacional.
Siga a página do Reconta Aí no Instagram.
Siga a página do Reconta Aí no Facebook.
Adicione o WhatsApp do Reconta Aí para receber nossas informações.
Siga a página do Reconta Aí no Linkedin.
De acordo com a representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, o fim da MP é uma vitória, mas traz uma reflexão. Isso porque o Banco Público usou o período de vigência da medida para legalizar as subsidiárias que tinham sido criadas.
“Embora represente uma vitória das entidades e dos empregados, a MP trouxe consequências enquanto durou. O governo continuará insistindo na venda de ativos do banco, favorecendo a privatização”, afirma.
Rita destaca ainda que é preciso continuar na luta pelo Banco Público. Para ela, a prioridade é defender os direitos dos empregados. “É preciso garantir condições dignas de trabalho, pois essas condições vêm piorando por conta de uma série de medidas adotadas pela instituição”, avalia.
Leia também:
– Caixa lucra com demissões de empregados
– Em meio à pandemia, lucro da Caixa chega a R$ 8,3 bilhões até setembro
– Segunda onda de Covid traz preocupações sobre a Caixa
O que significa vender as subsidiárias da Caixa?
Ao abrir o capital de partes estratégicas do Banco Público, o Governo Federal enfraquece o papel social da Caixa. Ou seja, os lucros serão transferidos para a iniciativa privada.
E o que as empresas privadas querem? Cada vez mais lucro. Assim, serviços da Caixa que visam o atendimento da população mas que não geram lucro, podem deixar de existir.
Quem perde com isso? A população, porque o banco está historicamente ligado à gestão de programas sociais, como o FGTS, Fies, seguro-desemprego e o Minha Casa Minha Vida.
Por isso a importância de defender uma Caixa 100% pública.