Sob forte pressão dos preços dos alimentos, em especial aqueles considerados importantes na cesta das famílias, como óleo de soja, arroz, leite e carnes, a inflação fechou 2020 com alta de 4,52%, a maior desde 2016 (6,29%), segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (12) pelo IBGE.
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Este indicador calcula a inflação oficial do Brasil e encerrou o ano acima do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 4,0%, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (2,5%) ou para cima (5,5%). Em 2019, a inflação foi de 4,31%.
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O IBGE também divulgou o percentual de dezembro, que acelerou para 1,35%, a variação mais intensa desde fevereiro de 2003 (1,57%) e a maior para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%).
Alimentos dispararam em 2020
No ano passado, a alta de 14,09% nos preços de alimentos e bebidas pesou no bolso dos brasileiros. Pedro Kislanov – gerente da pesquisa do IBGE – explica que esse crescimento, o maior desde 2002 (19,47%), foi provocado, entre outros fatores, pela demanda por esses produtos, a alta do dólar e dos preços das commodities no mercado internacional.
Os preços do óleo de soja (103,79%) e do arroz (76,01%) dispararam no acumulado do ano passado. Outros itens que também tiveram altas expressivas foram o leite longa vida (26,93%), as frutas (25,40%), as carnes (17,97%), a batata-inglesa (67,27%) e o tomate (52,76%).
A inflação também foi puxada pela habitação (5,25%), cuja alta foi influenciada pelo aumento da energia elétrica (9,14%).