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Podcast Ep62: Dia da Alimentação

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Imagem do site Recontaai.com.br

No dia 16 de outubro é comemorado em todo o mundo o Dia da Alimentação. E no Brasil, qual a reflexão sobre a data?

Criado após o fim da segunda Guerra Mundial, o Dia da Alimentação mobiliza diversos países. Sobretudo, os 192 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), que aceitaram participar do pacto que lista os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, já que a erradicação da fome é o objetivo número 2 dessa lista. Entretanto o Brasil, que também faz parte desse pacto, retornou ao Mapa da Fome.

O Dia da Alimentação deve ser um momento de reflexão sobre a fome, soberania alimentar e os rumos que o Brasil segue na área. Imagem: ONU

De acordo com a professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, Dirce Marchioni, estão no Mapa da Fome aqueles que passam por insegurança alimentar grave. Marchioni explica que a insegurança alimentar é definida pela falta de acesso regular à quantidade e qualidade de alimentos. A professora afirma ainda que desde 2017, pesquisas apontam que 37% dos habitantes do País estavam em algum grau de insegurança alimentar.

Contudo, esse não é o único desafio que o Brasil enfrenta hoje em relação à alimentação, já que além do desmonte de políticas públicas, a pandemia agravou ainda mais o quadro de insegurança alimentar.

Nesse sentido, há também o problema da chamada fome oculta. Marchioni afirma que Brasil, assim como outros países emergentes, sofre uma dupla carga de doenças, que pode ser explicada pelo abandono dos hábitos tradicionais de alimentação. Como consequência, houve o aumento do sobrepeso e a obesidade na população brasileira; ao mesmo tempo, essa condição coexiste com a deficiência de nutrientes necessários ao bom funcionamento do corpo.

E para saber como se alimentar corretamente – além de orientar políticas públicas em relação ao tema – o Brasil desenvolveu o Guia Alimentar da População Brasileira. Entretanto, tal guia, elogiado e utilizado como modelo em diversos países, foi alvo de recente polêmica. Junto aos produtores de ultraprocessados e pecuaristas, o governo Bolsonaro quis modificá-lo. Contudo, segundo Dirce Marchioni, a ciência resiste.

Acompanhe a entrevista completa!