Os petroleiros iniciaram sua campanha reivindicatória na última quinta-feira (2), com atrasos e paralisações em unidades da Petrobras por todo o Brasil.
Um ato com representantes de diversos estados também foi realizado no centro do Rio de Janeiro, sede da estatal, que havia sido convocado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
A categoria, além das reivindicações típicas como reajuste salarial, também se mobiliza contra a possibilidade de privatização da petrolífera - questão que ganhou força com a chegada de Alfredo Sachsida ao comando do Ministério de Minas e Energia (MME).
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“O governo Bolsonaro enfrentará a maior greve da história da categoria petroleira, caso insista em levar adiante o projeto de privatização da Petrobras", declarou Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP. Desde dezembro de 2021 as entidades vinculadas à FUP aprovaram estado de greve.
Bacelar contestou a proposta que vem sendo aventada pelo governo, apontando como exemplo os efeitos negativos já vistos em privatizações parciais - ou seja, de algumas unidades - da estatal.
“A categoria sabe que se a privatização da Petrobras for apresentada ao Congresso Nacional, todas as pessoas, sejam da ativa, e estou falando das áreas administrativas e operacionais, sejam aposentados e pensionistas, todas serão atingidas, sem falar na sociedade. Temos o exemplo da Bahia, a refinaria foi privatizada e ali devido ao monopólio regional privado nós temos hoje a gasolina ou diesel mais caro do Brasil”, complementou.
Em termos salariais, os petroleiros pedem reposição da inflação e das perdas salariais nos últimos acordos da categoria.