A taxa de participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho - podendo estar ocupadas ou desocupadas - ficou em 28,3% em 2019. O número é menos da metade que o percentual de participação das pessoas sem deficiência, com 66,3%.
Os dados fazem parte da publicação Pessoas com deficiência e as desigualdades sociais no Brasil, divulgada nesta quarta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação à taxa de participação, "a diferença maior está entre as pessoas de 30 a 40 anos”, ressalta Leonardo Athias, analista do IBGE. Nesta faixa, pessoas com deficiência apresentaram uma taxa de participação de 52,6%, enquanto as sem deficiência tinham um percentual de 84,5%.
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A taxa de desocupação também foi maior para pessoas com deficiência (10,3%) do que para as sem deficiência (9,0%). “Além de a taxa de participação das pessoas com deficiência ser bem menor do que a de pessoas sem deficiência, elas têm uma taxa de desocupação maior, que indica uma maior dificuldade em conseguir emprego", resume Athias.
Entre os ocupados, a deficiência também está correlacionada com a informalidade. Mais da metade (50,9%) das pessoas sem deficiência neste grupo estava empregada em postos formais. Já entre pessoas com deficiência esse percentual foi de apenas de 34,3%.