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Negociações coletivas: pandemia dificulta a reposição de perdas salariais

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Imagem do site Recontaai.com.br

Um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que no primeiro semestre de 2020, o número de cláusulas relativas a reajustes salariais foi 28% inferior ao negociado no mesmo período de 2019.

 A queda no número de registros ocorreu em todas as datas-bases do semestre. Como não houve redução no número de registros de instrumentos coletivos no período, a queda no número de reajustes pode ser resultado de mudança do objeto das negociações coletivas, que passaram a focar questões relativas à pandemia da Covid-19.

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Para falar sobre o que tem mudado nas relações de trabalho com a crise do coronavírus, Renata Vilela, jornalista do Reconta Ai, conversou com Fausto Augusto Júnior, diretor-técnico do Dieese. Ele também comentou sobre direitos trabalhistas e o que o trabalhador pode fazer durante esse período.

“Temos visto que, de um lado, há um conjunto de ações [acordos coletivos] que tratavam até menos da questão salarial que a gente viu no passado. Estamos com um cenário de  bastante dificuldades para alguns setores e esse é o desafio: manter o poder aquisitivo dos  trabalhadores, que de alguma forma estão empregados”.

Segundo ele, há muitas dificuldades de alcançar a reposição das perdas no ano da pandemia. Por outro lado, aponta o período atípico por conta da taxa inflacionária – que está baixa – pode levar também a um peso menor sobre a negociação salarial.

“Negociação salarial é sempre o auge da negociação coletiva. Num momento como este, estamos vendo que a manutenção das cláusulas sociais, que protejam emprego, pessoas, vinculadas à saude do trabalhador, têm se destacado nessa discussão”, disse.

Confira a entrevista completa: