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"Ninguém mais acredita nos rompantes do presidente", diz Lula em convenção do PSB

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou sua participação na convenção eleitoral do PSB nesta sexta-feira (29) para mais uma vez celebrar a carta em defesa da democracia originalmente organizada por professores da USP.

A convenção do PSB ratificou o apoio ao petista e a indicação de Geraldo Alckmin como nome da legenda para ocupar a posição de candidato a vice-presidente na chapa.

Lula saudou o documento redigido por "empresários, intelectuais e professores" como um sinal de que Jair Bolsonaro (PL) tem perdido apoio em todos os setores sociais ao atacar o processo eleitoral e, especificamente, as urnas eletrônicas. Ironicamente, o petista afirmou que atual presidente não deveria ter o método que elegeu a ele e seus filhos.

"Ninguém acredita mais nos rompantes do presidente que governa esse país. Do que ele tem que ter medo é do povo brasileiro estar saturado, enojado", declarou Lula.

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O petista chegou a afirmar que não deve realizar mais eventos em lugares fechados, pois o "povo brasileiro precisa ir para as ruas mostrar que quer democracia de verdade".

O nome do PT para a disputa de outubro destacou como o momento conturbado exigiu articulações impensáveis até pouco tempo atrás.

"Para alguns é apenas convenção do PSB. A dimensão do que estamos fazendo hoje é muito maior", afirmou. "Estamos fazendo a mais importante aliança já feita entre os partidos de esquerda e democráticos. Há uma quase unanimidade no movimento sindical. Temos uma novidade que há seis meses atrás ninguém imaginava, Geraldo Alckmin filiado ao PSB e candidato à vice-presidência".

Alckmin, por sua vez, afirmou que tem se "sentido em casa" na nova legenda e fez um discurso ressaltando que o governo Bolsonaro teve uma política econômica e social desastrosa. O candidato a vice disse que, no atual cenário, o nome de Lula passou a ser sinônimo de "esperança".

"O futuro do Brasil é a realização dessa esperança. Hoje é dia de confraternização, de mostrar a força da nossa união em torno de Lula. Estamos firmes e determinado em livrar o Brasil do fanatismo, dos ataques ao Estado Democrático de Direito. É hora de darmos um basta as ameaças à nossa democracia. Vamos fazer o encontro entre esperança e futuro", disse.

Na convenção do PSB, Lula firmou compromissos com pontos apresentados com filiados da legenda aliada que são aposentados do serviço público e com representantes do setor do Partido que organiza pessoas com deficiência.

Carlos Siqueira, presidente do PSB, defendeu que Lula e Alckmin realizem uma reforma política e que ampliem a capacidade de investimento do Estado: "O Brasil vem sendo destruído pelo bolsonarismo. O Estado brasileiro precisa ampliar de forma dramática sua capacidade de investimento. O dito Estado mínimo tem servido à precarização dos trabalhadores".