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Mercado financeiro aposta em inflação de 10,15% em 2021 e prevê PIB menor

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banco central

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, continua em alta. Os economistas subiram de 10,12% para 10,15% neste ano, conforme a edição do Boletim Focus de hoje (29). A pesquisa é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação subiu 4,96% para 5%. Para 2023 e 2024, as previsões foram mantidas em 3,42% e 3,10%, respectivamente.

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A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%. Para 2022 e 2023, as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente, com o mesmo intervalo de tolerância.

PIB

As instituições financeiras consultadas pelo BC também voltaram a prever um crescimento menor da economia este ano e reduziram de 4,80% para 4,78%. Para 2022, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) é de crescimento de 0,58%. Na semana passada, a estimativa de expansão era 0,70%.

Juros

A previsão do mercado financeiro é que a taxa básica de juros da economia, a Selic, suba para 9,25% ao ano. A expectativa para o final deste ano é a mesma do boletim anterior. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a Selic chegue a 11,25% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Câmbio

A expectativa para a cotação do dólar se manteve em R$ 5,50 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é de que a moeda americana também fique nesse patamar.