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Mais da metade dos reajustes da data-base setembro ficou abaixo da inflação

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Desemprego

Cerca de 56% dos reajustes da data-base setembro, analisados até a primeira quinzena de outubro, ficaram abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É o terceiro pior resultado no ano e ficou à frente apenas do observado em janeiro e fevereiro; e também ficou abaixo ao verificado em setembro do ano passado. Os dados são do boletim De Olho nas Negociações do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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Ainda em setembro, 34,4% dos reajustes foram iguais à inflação; e acima, em 9,4%. Por outro lado, melhorou o quadro dos resultados da data-base agosto, com aumento nas categorias com reajustes iguais ao INPC, e redução equivalente na proporção daquelas com perdas reais.

Em relação aos reajustes de 2021, no acumulado até setembro, cerca de 49% ficaram abaixo do INPC; 33,5% se equipararam a esse índice e apenas 17,1% ficaram acima da inflação.

Ao analisar os dados, o Dieese chama atenção para o crescimento do número de reajustes pagos em duas ou mais parcelas. Até setembro, cerca de 9,2% dos reajustes de 2021 foram pagos parceladamente. Em 2019 e 2020, o percentual foi de apenas 2,3%.

Resultados por setor econômico

No recorte por setores da atividade econômica, as negociações na indústria seguem com o maior percentual de reajustes com aumento real, e o comércio, com a maior proporção de resultados iguais à inflação.

As negociações no setor de serviços são as que enfrentam mais dificuldades no ano. Houve perdas reais em cerca de 61% dos casos analisados.

As informações são do Dieese