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Maia defende manutenção do teto de gastos em 2021

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Imagem do site Recontaai.com.br

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a manutenção do Teto de Gastos, estabelecido por Emenda Constitucional que congelou gastos e investimentos por vinte anos, mesmo após a crise provocada pela pandemia. Para ele, conservar esse modelo será o grande desafio de 2021.

“Nosso grande desafio do próximo ano é sentar em cima do teto de gastos e não deixar ninguém mexer, porque as tentações são grandes, e elas vão gerar aumento de carga tributária ou de dívida, que no final acaba sendo paga pela sociedade”, disse o parlamentar durante uma live.

Maia projeta que “a pressão não vai ser pequena”, mas manifestou sua persistência na fórmula de contenção: “Abrir o teto de gasto, criar um novo imposto para ter receita para gastar olhando a eleição, aí já desorganizou tudo que está sendo construído”.

Gastos e arrecadação

As pressões para a ampliação dos gastos e pela revisão do Teto não vêm apenas de pretensões político-eleitorais. Alguns economistas, mesmo liberais, vêem como impossível alavancar uma retomada do crescimento sem alguma ampliação do gasto público.

Um dos fatores que devem impactar neste debate é a queda na arrecadação em 2020. Dados preliminares compilados pela Folha, por exemplo, apontam que junho registrou arrecadação 30% menor em relação ao mesmo mês do ano passado.

Casos os dados oficiais da Receita – que devem ser divulgados na tarde desta quinta-feira (23) – confirmem a projeção do jornal, junho representará o quinto mês consecutivo de retração na receita.