Acho que já podemos dizer que o Lollapalooza 2022 foi uma das edições mais políticas da história. O festival, tradicionalmente, já apresenta essa pegada Mas este ano, com a enorme insatisfação contra o atual presidente do Brasil, o coro "Fora Bolsonaro" foi forte. E, claro, teve artista defendendo a volta do ex-presidente Lula.
Bolsonaro não gostou do que viu e tentou calar artistas e público no festival. O seu partido, PL, entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dizendo que o Lollapalooza estava sendo usado para campanha política antecipada. Tudo isso porque, no primeiro dia, a cantora Pablo Vittar pegou uma toalha com o rosto de Lula e saiu andando com ela em meio a multidão (errada não está).
O TSE acabou proibindo manifestações eleitorais no Lollapalooza. O não cumprimento da medida levaria a uma multa de R$ 50 mil para cada artista. A decisão, claro, revoltou artistas que participavam do festival e eles se uniram aos brasileiros presentes para ignorar esse ato de censura totalmente descabido.
Cantores e bandas como Fresno, Emicida, Lulu Santos, Djonga, Jão, Marina Sena, Glória Groove, Marcelo D2 e a britânica Marina usaram o palco para gritar "Fora Bolsonaro" e mostrar a enorme insatisfação contra o atual governo. Muitos ainda defenderam a eleição do ex-presidente Lula em 2022, assim como a Pablo fez no primeiro dia de festival.
Veja só essa coletânea deliciosa de manifestações. Como dizem por aí: cala a boca já morreu e quem manda na minha boca sou eu.
A cantora Anitta inclusive gravou um vídeo nas redes sociais falando sobre o absurdo da decisão do TSE e ainda disse para todos os artistas se manifestarem que ela ajudaria a pagar as multas. A número 1 do mundo tá on.