Em épocas de crise, é comum que as famílias aumentem o seu endividamento por causa do uso indiscriminado de recursos como o cheque especial e o cartão de crédito. No entanto, é preciso ter em mente que não existe almoço grátis, esse dinheiro é emprestado pelo banco e, sim, as taxas estão muito altas.
Na semana passada, o Banco Central anunciou o aumento dos juros do cheque especial, que hoje estão na casa dos 318,7%. Agora é a vez do cartão de crédito.
A taxa para quem não paga o valor total da fatura até o vencimento (o chamado rotativo), para o chamado cliente regular (que paga o mínimo de 15% da sua fatura dentro do prazo), subiu para 277,2% em julho. A taxa total passou de 300,1% para 300,3% ao ano.
Já a taxa do parcelado do cartão foi de 175,6% para 175,5%. Para o cliente não regular, que não fez nem o pagamento mínimo, a taxa foi 311,9% no mês passado, ante 316,4% em junho.
A taxa de inadimplência em operações de crédito (como mostramos acima), ficou em 3% no mês de julho. Nós já mostramos aqui como cresceu o número de famílias brasileiras endividadas e também as pessoas que comprometem mais de 50% da renda com pagamento de dívidas. Por isso, é importante manter-se atento para manter os gastos dentro do orçamento e evitar, principalmente, o pagamento dessas taxas exorbitantes.