Espantar o frio com um cafezinho poderá ficar mais caro no inverno 2021: preços do café arábica "dispararam em maio", segundo Cepea-USP
Imagem: pxhere
Fazer aquela pausa para o café, com fofoca e às vezes um bolinho de fubá, poderá ficar mais caro. Isso porque no mês de maio os preços dos grãos no atacado dispararam. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-USP), a estiagem no Brasil e os problemas logísticos da Colômbia são os vilões do mercado internacional da bebida.
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Contudo, os preços não aumentaram apenas no mercado externo, mas no Brasil também. Um gráfico elaborado pelo Cepea-USP mostra que o preço do café arábica teve um alta histórica.
Ainda que os dados pesquisados pelo Cepea-USP sejam relativos ao comércio no atacado, é possível acreditar que os preços serão repassados ao consumidor.
A seca antes do inverno de 2021 pode piorar a situação
A falta de chuvas no Brasil e o baixo nível de importantes rios têm preocupado os produtores de café, aponta o boletim do Cepea-USP. "Este cenário climático tem aumentado as preocupações quanto ao estado das lavouras e a possíveis impactos na produção brasileira de 2022/23, o que agravaria o quadro de oferta global de café".
Entretanto, os efeitos da estiagem já são visíveis no inverno de 2021. De acordo com a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra colhida a partir de maio de 2021 terá um recuo de 22,6% em relação à safra passada. No mesmo sentido, ainda que mais otimista, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê que a produção de café no Brasil terá uma redução de 19,4% em relação à colheita anterior.
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