Pular para o conteúdo principal

Internet Segura: debate deve envolver a proteção de dados dos usuários comuns

Imagem
Arquivo de Imagem
Imagem do site Recontaai.com.br

A União Europeia,em 2004, estabeleceu o primeiro Dia da Internet Segura com o objetivode criar um ambiente digital mais positivo. No ano seguinte, a datafoi novamente observada.

Desde então, sem umdia fixo, mas sempre no início do ano, a Insafe – rede europeia decentros de conscientização – vem promovendo a data, que este anoocorre nesta terça-feira (11) em cerca de 140 países.

No Brasil, o Dia da Internet Segura é protagonizado pela Safernet, entidade que atua no tema e ajuda a organizar eventos de conscientização sobre o uso da internet, abordando temas como a prevenção e o combate ao cyberbullying e à pedofilia.

Ampliando o conceito

Outras organizaçõestêm buscado ampliar o debate em torno da segurança na internet.Mais do que a questão dos abusos – e possíveis crimes – quepodem ser cometidos através das redes por usuários, como nos casoscitados anteriormente, uma outra vertente destaca a necessidade de sedebater a privacidade dos usuários.

“O debate sobreinternet segura, em uma perspectiva mais ampla, deve envolver tambéma proteção de dados dos usuários comuns, dos cidadãos, antegovernos e empresas do ramo tecnológico”, diz Maria Mello,integrante do coletivo Intervozes.

Na atual conjuntura política brasileira, o debate, sob esta perspectiva, se intensifica diante de medidas anunciadas pelo governo federal, como a privatização do Serpro e da Dataprev. “Nesse sentido, essa possibilidade [de entrega à iniciativa privada] deve passar por uma ampla discussão sobre que destino se dará ao uso de dados geridos por essas instituições”, complementa.

O portal Salve Seus Dados, contrário às privatizações destes órgãos, cita como um doa argumentos contrários à iniciativa do Planalto justamente este ponto.

“Ao serem vendidas, o modelo de negócio da Dataprev e do Serpro mudará. Com isto, na busca pela maximização do lucro, haverá sempre o perigo de que elas venham a usar os dados e sistemas que guardam para interesses alheios aos da população e do Brasil, tentando extrair o máximo de riqueza daquilo que possuem: os dados”, diz o site.

Recentemente, trabalhadores da Dataprev entraram em greve contra a progressiva desativação de unidades da companhia.