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Inflação de 2021 estoura teto da meta

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação do país, fechou o ano de 2021 com variação de 10,06%, estourando o teto da meta estabelecida. O dado foi divulgado nesta terça-feira (11) pelo IBGE.

No ano passado, o centro da meta de inflação era de 3,75%, com uma margem de tolerância que ia de 2,25% (piso) até 5,25% (teto). A variação de 10,06% é a maior desde 2015, quando o IPCA acumulou 10,67%.

O IPCA de dezembro, que permitiu fechar a variação anual, registrou uma variação de 0,73% em relação a novembro. As expectativas do mercado financeiro também foram superadas: de acordo com último Boletim Focus do Banco Central, o setor esperava um IPCA de 9,99% em 2021.

O IPCA de 2021 foi impacto principalmente por alguns produtos. "Transportes" apresentou a maior variação anual (21,03%) e o maior impacto no índice geral (4,19 pontos percentuais). A grande alta no grupo decorreu do aumento do preço dos combustíveis ao longo de 2021.

"Habitação" acumulou alta de 13,05%, contribuindo com 2,05 pontos percentuais. "Alimentação e bebidas" aumentou 7,94% em 2021, impactando 1,68 pontos percentuais. Cerca de 79% da inflação oficial de 2021 foi composta pelos três grupos.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indicador utilizado para reajustes salariais e de aposentadorias teve variação ainda superior: 10,16%. Com a variação, o teto da Previdência Social deverá ser de R$ 7.087,22 em 2022 - sendo atualmente de R$ 6.433,57.

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