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IBGE: Vendas do comércio caem pelo segundo mês seguido

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Imagem do site Recontaai.com.br

De forma menos intensa, as vendas do comércio varejista no País caíram 1,3% em setembro na comparação com agosto. Este foi o segundo mês seguido de queda; em agosto, houve retração de 4,3%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e foram divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quando comparado a setembro do ano passado, o varejo também recuou pelo segundo mês consecutivo, após uma série de cinco meses seguidos de taxas positivas. Em setembro de 2020, a queda foi de 5,5%. Com isso, o patamar do varejo, que vinha em trajetória ascendente de março a julho de 2021, voltou a recuar, ficando aos níveis de abril de 2021 e fevereiro de 2020.

Entre altos e baixos, o varejo brasileiro tem vivenciado uma gangorra, numa economia dividida entre pandemia e inflação. Depois da queda de abril do ano passado, no início da pandemia de coronavírus, o comércio varejista passou por uma recuperação rápida e atingiu patamar recorde de outubro e novembro de 2020. Na sequência, foi pego por uma nova queda em dezembro e dois meses - janeiro e fevereiro - variando muito próximo do mesmo nível pré-pandemia, até março, mês a partir do qual houve nova trajetória de recuperação.

"Desde fevereiro de 2020, o setor vive muita volatilidade”, disse Cristiano Santos, gerente da pesquisa, ao analisar os resultados. “Neste último, de setembro de 2021, o fator determinante é a inflação. Isso fica claro quando comparamos a queda de 1,3% no volume de vendas. O componente que joga o volume para baixo é a inflação. As mercadorias subiram de preço. Em combustíveis e lubrificantes, por exemplo, o volume caiu 2,6%", explicou.

Além da alta da inflação, Santos lembra que as mudanças nos juros também afetaram o crédito e causaram impacto no setor. Em outubro, por exemplo, o Copom elevou a taxa Selic para 7,75% ao ano: "Os juros aumentam, então isso afetou o crédito", disse. “A inflação certamente é o mais importante nesses últimos dois meses, mas também tem outros. O saldo da carteira de crédito, tanto para pessoa física quanto jurídica, estabilizou nos últimos meses.

Maiores quedas

Entre as oito atividades pesquisadas, seis tiveram taxas negativas em setembro. As quedas mais intensas foram:
=> Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,6%);
=>Móveis e eletrodomésticos (-3,5%);
=> Combustíveis e lubrificantes (-2,6%)
=> Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,5%).

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 1,1% em setembro, frente a agosto. O impacto negativo veio da queda de 1,7% veículos, motos, partes e peças.

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Com informações do IBGE