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Greve sanitária pela vida continua nas escolas de São Paulo

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Mesmo com a vacinação de professores com mais de 47 anos, realizada pelo governo do estado de São Paulo, professores não se sentem seguros para a volta às aulas presenciais e seguem em greve pela vida.

Professores e professoras da cidade de São Paulo completaram 62 dias de greve sanitária nesta segunda-feira (12). A data foi marcada com ato no Centro de São Paulo. A categoria pediu o adiamento do retorno das aulas presenciais no momento mais crítico da pandemia de Covid-19.

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A abertura das escolas foi programada hoje pelo governador João Doria e pelo prefeito Bruno Covas, ainda que o município esteja na fase vermelha da quarentena.

O anúncio da volta às aulas presenciais foi feito logo após a inclusão de professores e professoras na prioridade da fila de vacinação do estado. Entretanto, segundo dados do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), apenas 40% da categoria tem mais de 47 anos e deverá ser imunizada nessa primeira etapa da imunização.

Gabriel Vicente França, professor da Rede Municipal de Ensino da cidade de São Paulo, somente a vacinação não é suficiente.

“A vacinação de profissionais da educação é muito importante para a segurança sanitária nas escolas. Mas, por si só, é insuficiente: não serão todos os profissionais da educação que serão vacinados e ainda não há previsão para a vacinação de toda a comunidade escolar. Além disso, medidas necessárias para combater a Covid-19 nas escolas, como a melhora da ventilação, o rastreio dos casos e os testes periódicos e em massa, ainda não foram implementadas pelo poder público.”

Gabriel Vicente França

Doria e Covas na berlinda

Greve pela vida faz manifestação em frente à prefeitura de São Paulo e leva faixas e até um caixão para sinalizar as mortes por covid-19.Foto: Sindsep

O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo – Sindsep acusam os governod estadual e municipal de “irresponsabilidade genocida”. Conforme nota enviada pelo sindicato nesta segunda-feira, “milhares de trabalhadores da educação (supervisão, gestores, quadro de apoio, professores, analistas de CEU e profissionais terceirizados e mães do Programa Operação Trabalho -POT) serão colocados em perigo com um retorno às aulas durante o momento mais crítico da pandemia como o que vivemos agora”.

Com base em informações de especialistas em saúde pública, o sindicato explica que os índices de contaminação, ocupação de leitos de UTI e enfermaria, e número de morte precisam cair drasticamente em pelo menos cinco semanas consecutivas, “para viabilizar um retorno gradual das aulas presenciais”.

Exigências para o fim da greve pela vida

Além do adiamento do retorno às aulas presenciais, os trabalhadores e trabalhadoras organizados pelo Sindsep têm as seguintes reivindicações:

  • Vacinação de todas/os nas escolas;
  • Testagem RT-PCR periódica de toda comunidade escolar: professores, funcionários e estudantes;
  • Garantia de EPIs (máscaras PFF2/N95, escudos faciais) e condições para que toda a comunidade escolar possa se proteger;
  • Mudanças estruturais que garantam ventilação natural efetiva nas salas de aula;
  • Ampliação dos profissionais do serviço público para dar conta das demandas de limpeza e organização escolar.

O sindicato também denunciou o corte do ponto das trabalhadoras e trabalhadores da educação em greve. Segundo o Sindsep, a falta de pagamento ocorre em plena pandemia, quando os educadores buscam somente a preservação de vidas.

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