O governo federal pretende incluir um voucher para caminhoneiros nas discussões da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que debate repasses a governadores para compensar a queda na arrecadação do ICMS.
A proposta tem o endosso da equipe econômica, que busca contornar iniciativas do Congresso para mudanças na Lei das Estatais, aprovada durante o governo Michel Temer (MDB). A atual redação coloca critérios e restrições para a indicação do governo a cargos em empresas controladas pelo Estado brasileiro - a substituição na presidência da Petrobras está enfrentando dificuldades justamente por conta destas normas.
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A ideia é que caminhoneiros recebam R$ 400 mensais até o final do ano. Além disso, o vale gás seria aumentado. A ideia do Planalto é que as medidas sejam debatidas no bojo da PEC pois está já prevê mais um "drible" ao Teto de Gastos.
Uma das preocupações na viabilização desta proposta atualmente é a possibilidade de violação da legislação eleitoral.
A preocupação do Planalto se deve à percepção de que a questão da inflação dos combustíveis - e de outros produtos - é um dos elementos centrais na definição do voto em outubro. Ao mesmo tempo que tenta se movimentar, o governo ainda enfrenta a crítica de opositores, que têm lembrado continuamente que os sucessivos aumentos foram determinados por presidentes e conselheiros indicados pelo atual governo.