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FUP afirma que redução no preço da gasolina "não altera custo de vida"

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A recente redução no preço de venda dos combustíveis praticada pela Petrobras às distribuidoras não terá qualquer impacto significativo na vida cotidiana das pessoas. Esta é a avaliação da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

A estatal anunciou que o preço do litro da gasolina vendida às distribuidoras passará de R$ 3,19 para R$ 3,09 - redução de 10 centavos, e que equivale a 3%. A FUP tem destacado que, ao longo de 2021, a gasolina já acumula inflação de 60%.

"A redução de apenas 10 centavos no preço da gasolina para as distribuidoras em nada mudará o custo de vida do cidadão brasileiro", defende o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, fazendo referência à queda da cotação do preço internacional do petróleo.

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Para a FUP, a medida mais eficaz para uma redução significativa do preço dos combustíveis é alterar a política de preços, fazendo uma desvinculação do preço internacional e dos custos de importação. Para isso, a estatal teria que enfrentar os interesses de quem é dono de ações da empresa: "Sabemos, infelizmente, que a estatal terá dificuldade repassar para o consumidor a baixa de 18,7% no barril de petróleo, reduzindo também os preços dos derivados nas suas refinarias, tendo em vista os compromissos feitos com os seus acionistas".

“Para mudar esta realidade, basta a empresa parar de usar somente a cotação do petróleo e do dólar e os custos de importação e passar a considerar também os custos nacionais de produção”, sustenta Bacelar.

A entidade já promoveu a venda de combustível a partir de cálculos baseados no fim da política de paridade internacional. Em muitos casos, o valor era quase metade do praticado pelos postos.

Os petroleiros têm destacado ainda que 90% dos derivados de petróleo consumidos no Brasil são produzidos no próprio país, o que torna a vinculação com os preços internacionais pouco razoável.