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Fenae inicia pesquisa sobre impacto da pandemia na saúde mental de funcionários da Caixa

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A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) iniciou uma pesquisa para identificar condições de saúde mental dos funcionários do banco no contexto da pandemia. A Caixa foi responsável, entre outras coisas, por operacionalizar o Auxílio Emergencial.

"Sabemos que a saúde mental dos trabalhadores ficou ainda mais comprometida em virtude da pandemia. Com esta nova pesquisa, pretendemos mapear onde estão os problemas e propor soluções para melhorar a vida dos bancários da Caixa", aponta o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

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A saúde mental dos empregados da Caixa é objeto de atenção da entidade antes mesmo da crise derivada da pandemia de Covid-19. Em um levantamento realizado pela Fenae em parceria com a UnB, foi detectado que mais da metade (53,6%) dos trabalhadores do banco público havia passado por episódio de assédio moral.

A mesma pesquisa revelou que 20% - ou um em cada cinco - tinham quadros de depressão ou ansiedade. Um percentual próximo (19,6%) mantinham acompanhamento de profissionais da psicologia ou da psiquiatria. Quase metade (47%) conheciam algum episódio de suicídio entre colegas. A nova pesquisa será por amostragem e terá como público funcionários ativos e aposentados.

“Os dados coletados [na nova pesquisa] irão subsidiar a Fenae e as associações de pessoal do banco (Apcefs) na construção de ações de saúde e bem-estar, além de auxiliar nas nossas reivindicações junto à direção da Caixa para a melhoraria das condições de trabalho dos empregados”, acrescenta Takemoto.

Estudo realizado este ano pela Associação de Gestores da Caixa no Rio de Janeiro (Agecef-Rio) e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou o adoecimento dos empregados do banco público. Segundo o levantamento, 88% dos trabalhadores ouvidos declararam ter tido sentimentos negativos, como ansiedade, depressão, angústia e pânico. O levantamento apontou ainda que 74% dos entrevistados avaliaram que metas internas interferiram de forma negativa sobre sua saúde mental.

Sofrimento no trabalho

A Fenae desenvolve a campanha “Não Sofra Sozinho” desde 2019. A iniciativa prevê medidas de prevenção ao adoecimento mental no ambiente de trabalho.

Uma das ações é o desenvolvimento de estratégias para a implementação de serviços de assistência aos empregados da Caixa que estejam em sofrimento. A campanha — que é permanente — também subsidia a Fenae e as Apcefs na proposição e execução de políticas e práticas sindicais e institucionais de prevenção a psicopatologias do trabalho.