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Farmacêutica nega responsabilidade por manifesto pago por ela recomendando ivermectina

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CPI da Covid 4

Jailton Batista, diretor-superintendente da farmacêutica Vitamedic, uma das produtoras do medicamento ivermectina do Brasil, afirmou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado que a empresa não tem responsabilidade por um manifesto veiculado em fevereiro de 2021 - 'Médicos pela Vida' - o qual defendia o uso do chamado tratamento precoce, cuja ineficácia já foi comprovada.

"O conteúdo do manifesto não é exclusivo sobre ivermectina, e de exclusiva responsabilidade dos médicos que o assinam", disse Batista.

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A veiculação do manifesto da associação Médicos pelo Brasil, entretanto, foi paga pela Vitamedic, no valor de R$ 717 mil. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), reagiu de forma enfática diante da contradição da fala. Para o senador, após a crise sanitária em seu estado - no qual o Governo Federal tentou testar o tratamento precoce - não havia justificativa para a veiculação de tal manifesto.

"Visou o lucro, mancomunado com alguns médicos. À custa da vida de brasileiros. Se isso não for crime, não tem mais nenhum crime para se investigar na CPI. Não era falta de conhecimento", disse Aziz.

Segundo dados enviados pela própria empresa à CPI, o faturamento da Vitamedic com a venda em 2020 foi de cerca de R$ 469,4 milhões, um valor que é 2.925% superior ao faturamento de 2019, de R$ 15,5 milhões. Não só a produção da farmacêutica aumentou, como o valor de cada caixa também.