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Experiência latino-americana na pandemia reforça papel de bancos públicos

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Algumas das experiências de governos na região latino-americana durante a pandemia reforça o papel dos Bancos Públicos na retomada do desenvolvimento econômico nos próximos anos.

Este é o relato de representantes de entidades ligadas à UNI Global Union [Sindicato Global], organização que reúne trabalhadores do setor de serviços em escala mundial, feito durante o Fórum Social Mundial nesta sexta-feira (29).

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Segundo Marcio Monzane – secretário-regional da UNI Américas, braço do Global Union no continente -, um exemplo claro foi o da Colômbia, que injetou um grande volume de dinheiro na economia, através, entretanto, dos bancos privados. Nada, ou muito pouco, chegou às empresas e pessoas em necessidade.

“Esse recurso foi para investimentos especulativos. O caso do Chile foi a mesma coisa. Os recursos liberados não chegaram aos trabalhadores, às empresas”, afirmou.

Monzane mencionou a possibilidade de privatização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal: “Existem muitos municípios em que, sem os Bancos Públicos, não existe acesso ao sistema financeiro”.

Rita Berlofa, presidenta da UNI Finanças Mundial, ressaltou que o quadro econômico é grave, em que se pode “perder em um ano, uma década de ganhos econômicos e uma década e meia de conquistas sociais”.

De outro lado, a sindicalista vê a eclosão da pandemia como um possível “ponto de inflexão”, em que os Bancos Públicos perdem suas funções de “fomento do desenvolvimento econômico e regional, ações na crise, financiamento de longo prazo, execução de políticas sociais”.

“A pandemia provocou uma devastação da economia global, especialmente nos países em desenvolvimento. A pandemia deixou o rei nu. O Estado mínimo e o mercado, que se auto-regularia, não foram capazes de dar conta da crise. Os Bancos Públicos foram responsáveis por fazer a chegar à população programas sociais”, finalizou.