A percepção do eleitorado sobre o futuro próximo da economia brasileira piorou. As expectativas sobre indicadores como inflação e desemprego se tornaram mais negativas segundo a recente pesquisa do instituto Datafolha.
Houve reversão em três importantes eixos sobre a percepção da economia - com projeções piores superando as visões otimistas, ao contrário do que ocorreu ao final de 2021.
No geral, dobrou o número dos que esperam que a situação econômica irá piorar. Em dezembro de 2021, 20% dos entrevistados tinham essa percepção. No último levantamento, são 40% os que estão prevendo dias piores.
Em março de 2022, 74% dos pesquisados afirmam esperar piora da inflação. No último mês do ano passado, eram 46%. As comparações seguem.
Em relação ao poder de compra, 25% do eleitorado pensava que haveria piora. Agora, são 40%.
Os que acham que o desemprego vai aumentar saltaram de 35% para 50% - ou seja, metade dos que poderão votar em outubro de 2022.
A pesquisa ouviu 2.556 eleitores em 181 cidades do país, de forma presencial, nos dias 22 e 23 de março, com margem de erro, segundo o próprio Datafolha, de dois pontos para mais ou para menos.