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Entenda como funciona a transição de governo que Alckmin vai coordenar

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Lula

Com o fim do segundo turno das eleições no último domingo (30) e a definição do novo presidente da República que vai governar o Brasil nos próximos 4 anos, começa agora o período de transição de governos.

A chamada transição de governo foi promulgada em 2002 por uma Lei que regulamenta o assunto. De acordo com a Lei nº 10.609, de 2002, o eleito ao cargo de presidente da República poderá criar uma equipe de transição com o objetivo de se inteirar do funcionamento dos órgãos e entidades que compõem a Administração Pública Federal e preparar os atos do novo governo a serem editados imediatamente após a posse.

Geraldo Alckmin (PSB), eleito vice-presidente, foi indicado como coordenador da equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele terá o papel de fazer a ponte entre o atual governo e o do presidente eleito, nos próximos dois meses, junto com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

É do ministro-chefe da Casa Civil a responsabilidade de disponibilizar local, infraestrutura e apoio administrativo ao presidente e vice-presidente eleitos para que possam trabalhar na transição.

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Histórico

Em 2002, o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, assinou uma medida provisória, posteriormente aprovada pelo Congresso e transformada em lei permanente, com as regras para um bom início de um novo governo.

A lei determina que a equipe de transição terá acesso às informações relativas às contas públicas, aos programas e aos projetos do governo federal. Os membros dessa equipe receberão informações de diversas áreas, como economia, saúde, educação e infraestrutura, por exemplo, e ocuparão cargos públicos temporários, criados exatamente para esse fim, os Cargos Especiais de Transição Governamental (CETG). A lei estabelece um limite de 50 pessoas para ocupar esses cargos. Os CETG são criados a partir do segundo dia útil após o resultado das eleições.

Os integrantes do atual governo ficam obrigados por lei a fornecer as informações solicitadas pelo coordenador da equipe de transição, bem como a prestar o apoio técnico e administrativo necessários aos seus trabalhos.

A lei determina que os CETG devem ser vagos em até 10 dias após a posse do candidato eleito. Ao final desse prazo, todos os membros da equipe de transição são automaticamente exonerados. Dá-se início, definitivamente, ao novo governo.

Com informações da Agência Brasil