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Dados de emprego podem ser ainda piores, aponta CNS

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Alerta da Confederação Nacional de Serviços sugere que alta nos índices de emprego pode ser fruto da subnotificação de dados de demissões.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a Confederação Nacional de Serviços trouxe os dados mais relevantes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) em comparação à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

De acordo com Carlos Eduardo Soares Oliveira Jr, Conselheiro do Cofecon, assessor econômico da Confederação Nacional de Serviços e diretor do Sindicato dos Economistas de SP, é preciso analisar diversos índices para obter um bom retrato da economia.

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A situação real do emprego no Brasil

Segundo os dados do CAGED, o número de empregos gerados no mês de setembro foi de 313.564. “Desse total destacam-se os empregos no setor de Serviços, que vinha gerando saldos negativos desde o início da pandemia”, disse, referindo-se que o setor é responsável pela maior parte dos empregos no País.

No entanto, o economista alerta para a questão da subnotificação dos dados. Segundo Oliveira Jr, isso pode ocorrer porque as empresas que fecharam desde o início da pandemia ainda não reabriram e não repassaram os dados ao CAGED.

Assim, Oliveira Jr explica que pode residir nesse fator a disparidade encontrada entre os dados do CAGED e a Pnad. Contrariamente ao CAGED, a Pnad vem mostrando dados que apontam para um aumento da taxa de desemprego, que já ultrapassa 14% da população econômicamente ativa. No mesmo sentido, pode ser observada uma elevação do número de pessoas solicitando o seguro-desemprego, o que corrobora essa diferença.

Por isso, o economista afirma que não há como comemorar, ainda, uma retomada do emprego. “A recuperação da nossa economia vai caminhar ainda de forma muito lenta”, completa.