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Fim do home office? Empregados da Caixa podem ser chamados de volta ao trabalho presencial

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Imagem do site Recontaai.com.br

Foto: Paulo Fehlauer

Diretoria da Caixa atribui, aos gestores, a responsabilidade de chamar de volta ao trabalho presencial os empregados que estão em home office por causa da pandemia.

Fim do home office? O que deveria ser uma ação planejada pela diretoria da Caixa, transformou-se em um processo sem coordenação. A volta dos empregados da Caixa – que estavam em teletrabalho – começa sem organização, adaptação de espaços com ventilação adequada e sem critérios definidos. Apenas os servidores pertencentes ao grupo de risco terão o home office mantido.

Os empregados serão chamados de acordo com as demandas dos gestores de agências e das outras áreas. Não há notícias de mudanças arquitetônicas, sobretudo na ventilação dos prédios, para a volta dos servidores.

De acordo com Maria Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho da Caixa, isso é consequência direta da abertura desordenada que vem ocorrendo nos estados e municípios. “Nosso maior problema não é só a direção da Caixa, mas o governo”.

Rita Serrano também critica a decisão unilateral do Banco, que sequer consultou as entidades sindicais que representam os bancários. E relembra que, no início da pandemia, os sindicatos e associações foram fundamentais para estabelecer protocolos de segurança sanitária e viabilizar o atendimento ao auxílio emergencial.

Empregados voltam em meio a grandes índices de contágio

É consenso entre os cientistas que hoje o Brasil vive não o pico das contaminações, mas um platô muito elevado. Assim, a volta desses trabalhadores pode impactar negativamente o número de contágios.

O uso de transporte coletivo e a aglomeração dentro dos locais de trabalho podem colaborar com a disseminação entre os bancários. E, em consequência, com toda a população, já que a Caixa é o Banco Público que paga grande parte dos benefícios sociais disponíveis no Brasil.

Na quinta-feira (16), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou ofício à Caixa Econômica Federal solicitando a prorrogação do projeto teletrabalho enquanto perdurar a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A prorrogação do Projeto Remoto até o dia 17 de julho foi anunciando pela Caixa no início do mês, depois de frequentes cobranças do movimento sindical.