Funcionários da Caixa pediram o fim da reestruturação e o desmonte da empresa e defenderam os direitos dos empregados e a Saúde Caixa para todos
Foto: FENAEA Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) se reuniu com a direção do banco nesta quarta-feira (15), em Brasília. Na pauta estavam várias reivindicações dos trabalhadores, dentre elas o fim da reestruturação e o desmonte da empresa, a defesa dos direitos dos empregados e a defesa do Saúde Caixa para todos.
O encontro foi marcado por seguidas negativas da Caixa às reivindicações dos trabalhadores. Representantes do banco ressaltaram que as mudanças buscarão adequar a estrutura ao novo modelo de banco proposto pela direção, a partir de estudos que estão sendo feitos por um grupo de trabalho.
Para a CEE, não se trata de estudo, mas de uma restruturação que causa pânico entre os empregados e ameaça o banco público. “A Caixa a serviços do desenvolvimento econômico e social do país está sendo desfigurada e nós empregados temos a obrigação de levar essa informação à sociedade, antes que seja tarde”, alertou Antônio Abdan, representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CN) na comissão.
Em defesa dos direitos dos empregados, a CEE cobrou o fim das carreiras por minuto de caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor. A Caixa diz que não há a perspectiva de retorno da nomeação efetiva para as funções de caixa e de tesoureiro. Sobre os tesoureiros, o banco explica que está aguardando o novo modelo de rede para buscar mais definições.
A representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf/CUT), Fabiana Uehara, contou que a discussão revelou grande distância entre as demandas dos empregados e as posições da empresa. “Temos um acúmulo de problemas que só se agravam. Nosso desafio é enorme e precisamos de muito mais mobilização para mudar a postura da Caixa na mesa de negociação”, disse.
Pauta da reunião com a Caixa
Trabalhadores da Caixa de todo o Brasil contribuíram com sugestões para a pauta debatida na reunião. De acordo com o diretor da Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Dionísio Reis, os empregados da Caixa mostraram que estão atentos às mudanças e políticas de gestão que afetam seus direitos, saúde e condições de trabalho.
“Eles se mostram conscientes da importância de defender a Caixa 100% pública e sua função social. Essa sinergia entre empregados e entidades representativas foi fundamental nas lutas que travamos em 2019 e, com certeza, mostrará novamente essa força em 2020”, diz.
Com informações da Fenae e da Contraf-CUT