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Eletricitários lançam campanha contra privatização da Eletrobras

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Imagem do site Recontaai.com.br

Agora a luta contra a privatização da Eletrobras avança para um novo estágio. A campanha Salve a Energia – pelo futuro do Brasil, elaborada pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), será lançada na noite desta quinta-feira (18) com a proposta de denunciar e alertar a sociedade sobre os prejuízos da privatização do setor elétrico ao País. O evento acontece de forma virtual, nas redes sociais do CNE.

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Em decisão tomada nesta semana, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) incluiu a Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização (PND). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve iniciar os estudos técnicos. Já há um cronograma que prevê a contratação dos estudos até abril, a aprovação da medida provisória que autoriza a privatização até junho e a elaboração dos estudos até julho. 

Para o coletivo de eletricitários, a população – que já sofre com a dificuldade de acesso a serviços básicos como saúde, água e seguridade social – não pode pagar mais essa conta. “O povo brasileiro não merece lidar com apagões e aumento desenfreado da conta de luz”, alerta.

Privatização

Diversos países têm reestatizado seus serviços públicos, como a energia elétrica. Em recente entrevista ao Reconta Aí, Denise Mota Dau, integrante da Internacional do Serviço Público, disse que a Europa concentra a maior parte dessas experiências, em relação à luz, e que nenhum integrante dos Brics, com exceção do Brasil, pensa em entregar o setor à iniciativa privada.

“É importante a população compreender por que falamos que privatizar é ruim, e por que tantos países estão reestatizando serviços”, afirmou. De acordo com Dau, mesmo com as multas indenizatórias pela reestatização, a população rejeita a “falta de transparência, de controle social e de fiscalização de metas” vigentes em serviços privatizados, que não informam a população de forma clara os custos, tampouco as prioridades na expansão dos serviços.

No final do ano passado, o Brasil vivenciou uma das piores experiências com a privatização de serviços essenciais com o “apagão” no Amapá.

Na ocasião, o Coletivo Nacional Eletricitário (CNE) enviou uma carta pública ao então presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pedindo “apoio na luta pela manutenção da Eletrobras estatal”, pois a empresa contava com dinheiro em caixa e estaria pronta para apoiar a retomada do crescimento do País.

O CNE também já havia se manifestado anteriormente apontando a relação direta entre a privatização – no caso do Amapá, parcial – e as deficiências no fornecimento de energia, violando o direito de acesso dos usuários.

Serviço:
A campanha Salve a Energia será lançada virtualmente nesta quinta-feira (18), às 19h, nas redes sociais. Conta com a participação de especialistas, parlamentares, movimentos populares e entidades sindicais.