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Eleições 2022: Políticos reagem a Bolsonaro em defesa das eleições

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A volta dos ataques de Jair Bolsonaro (PL) ao processo eleitoral tem gerado uma reação de políticos em defesa da atuação da Justiça Eleitoral na organização do pleito em outubro de 2022.

O principal alvo dos bolsonaristas tem sido a urna eletrônica. De acordo com o presidente e seus seguidores, o mecanismo - tido mundialmente como um dos mais avançados - não é seguro contra fraudes. Para complementar, apoiadores de Bolsonaro frequentemente também têm questionado as pesquisas de intenção de voto, que colocam Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na dianteira.

Além dos ataques em lives e declarações públicas, as Forças Armadas também têm engrossado as dúvidas, tendo enviado uma série de questionamentos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A cúpula do Judiciário brasileiro considera que as perguntas são excessivas e buscam desestabilizar a confiança no processo eleitoral.

Os temores de que Bolsonaro não respeite os resultados das eleições, preocupação que havia diminuído desde o Sete de Setembro passado, retornaram.

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Até mesmo o pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, deu sinais de que é preciso unir forças democráticas contra os arroubos de Bolsonaro - mesmo que as intervenções públicas recentes do pedetista tenham criticado pesadamente tanto o atual presidente quanto Lula.

"É preciso que todos os candidatos, de todos os partidos, sentem imediatamente à mesa para denunciar isto publicamente ao Brasil e ao mundo", afirmou ele durante uma live. O próprio Lula reagiu às falas de Bolsonaro, reformulando a ideia de "revolução pacífica" que apresentou durante o lançamento do movimento Vamos Juntos Pelo Brasil.

"Bolsonaro fala em golpe todo o dia. A imprensa fala em golpe. E ele vai ver o golpe que ele vai sofrer no dia 2 de outubro. O povo vai dar um golpe no autoritarismo dele e vai restabelecer a democracia nesse país. Vai ser o primeiro golpe democrático e popular. Golpe sem fuzil, sem metralhadora. É um golpe da eleição democrática", declarou o petista. "Ele está dizendo que a urna vai praticar roubo. Sabe por que eu confio na urna? Porque se pudesse roubar na urna eletrônica, o torneiro mecânico não teria sido presidente da República duas vezes", complementou.

O ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB) defendeu "um diálogo entre os partidos, a Justiça Eleitoral e o Ministério Publico para que tenhamos uma campanha eleitoral em paz", não só por conta dos ataques às urnas, mas também pela atuação de grupos bolsonaristas que tentaram tumultuar a visita de Lula a Minas Gerais.

A ideia de Dino foi bem recebida por Aloizio Mercadante, que tem participado de atividades com Lula. Para ele, é necessário "promover uma audiência com o TSE e um protocolo que estabelece regras claras para as campanhas".