De acordo com Alberto Carlos Almeida, cientista político, sociólogo, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e dono da consultoria Brasilis, a eleição de 2022 está "entediante". Pelo menos até agora.
Essa opinião não vem de uma percepção pessoal do pesquisador, mas de uma análise de todas as pesquisas eleitorais publicadas desde julho de 2021. A partir delas, o professor extraiu uma média dos dados e materializou no gráfico reproduzido a seguir.
Como explica Almeida, "o que se vê são linhas horizontais que variam apenas na margem de erro". Em outras palavras, há sete meses Lula tem 41% de votos, Bolsonaro tem 28% e a soma dos demais candidatos, 21%. Apesar de ser uma média das pesquisas eleitorais desde julho, os números expressos em outras pesquisas sobem e descem dentro da margem de erro, então não são considerados variações.
"É uma eleição entediante do ponto de vista da opinião pública", afirma Almeida. O especialista explica que há um presidente muito conhecido (Bolsonaro) e votado por aqueles que consideram seu governo ótimo e bom, que é uma minoria.
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Em contrapartida, há um ex-presidente "igualmente conhecido" (Lula), frisa o especialista, e que será votado por aqueles que consideram o atual governo ruim e péssimo.
Para o especialista, a maior possibilidade de alteração desse quadro é a avaliação do governo Bolsonaro mudar. Aí, Almeida alerta, haverá impacto nas pesquisas futuras e na eleição presidencial.