Pela primeira vez, o crescimento do PIB está menor que 2% em 2020. Relatório Focus mostra que a expectativa de crescimento da economia brasileira despencou de 2,17% para 1,99%.
Economistas estão cada vez mais pessimistas com a economia brasileira. Tanto que a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2020 despencou de 2,17% para 1,99%. O relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC), mostra uma estimativa com sucessivas quedas do PIB para 2020.
Já para 2021, 2022 e 2023, as previsões continuam em 2,50%. O levantamento foi feito com mais de 100 instituições financeiras.
Inflação
De acordo com o relatório, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2020 também aumentou. Na última semana era 3,19% e agora está em 3,20%. Para 2021, a estimativa de inflação se mantém em 3,75%, enquanto para 2022 e 2023 fica em 3,50%.
Apesar de ter subido, a previsão ainda fica abaixo do centro da meta de inflação, de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Dólar
De acordo com os economistas, a cotação do dólar deve ficar em R$ 4,20 para o fim deste ano. Entretanto, para os próximos anos, o relatório aumentou a previsão. A taxa de câmbio deve fechar 2021 em R$ 4,20; 2022 em R$ 4,16, e 2023 em R$ 4,20.
Na manhã desta segunda-feira (9), o mercado abriu suas operações com o dólar comercial valendo R$ 4,79.
Selic
Na edição desta semana, os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para a taxa Selic no fim de 2020 em 4,25% ao ano. Para 2021 a previsão teve queda, passando de 5,75% para 5,50%. Já para os anos de 2022 e 2023, a estimativa se mantém em 6,50%.
A taxa básica de juros é usada pelo governo para alcançar a meta de inflação. Com essa taxa mais baixa, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.