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Desenvolvimento sustentável não é opção para brasileiros

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Imagem do site Recontaai.com.br

Estudo de redes realizado pela agência Esplanada mostra que o desenvolvimento sustentável já não é uma opção relevante para os brasileiros, sobretudo em São Paulo e Rio Grande do Sul. 

É possível conciliar economia e meio ambiente? Para os seguidores do desenvolvimento sustentável sim.

Em um ano em que se falou como nunca de mudanças climáticas no mundo e desastres ambientais no Brasil, a agência de dados Esplanada realizou uma análise de redes sobre desenvolvimento sustentável. 

O termo designa a obtenção de crescimento econômico com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social para as gerações futuras.

Como conclusão, o estudo trouxe um indicativo importante – não há conciliação possível entre desenvolvimento e sustentabilidade para os brasileiros.  A análise de redes levou em conta um longo período de tempo, de janeiro de 2004 até novembro de 2019. Além disso, se deteve em diversas plataformas – principalmente, no Google Trends. 

Segundo o estudo, a maior procura pelo termo “desenvolvimento sustentável” deu-se entre abril de 2004 e junho de 2005, com um forte pico em abril de 2004. Foi nessa época que a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,  participou de uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o assunto. O fato foi amplamente noticiado, e o resultado da reunião apontou que pobreza, desigualdade social e degradação ambiental eram os maiores empecilhos para o desenvolvimento da América Latina. 

A importância do desenvolvimento sustentável entre Norte e Sul

Se desenvolvimento sustentável não é uma pauta relevante na internet a culpa não é dos estados do Norte do Brasil. Os sete estados da região são os que possuem maior interesse de busca no Brasil pelo assunto: Amapá, Roraima, Acre, Pará, Amazonas, Tocantins e Rondônia, pela ordem, são os que mais pesquisam o assunto na rede mundial de computadores.

Já São Paulo – que possui a maior população do País – e Rio Grande do Sul – cuja população é numericamente a sexta – são os estados com menor interesse de busca durante todo o período.

Esmiuçando ainda mais os dados, é possível ver as cidades em que o assunto é mais relevante. Macapá, Palmas, Porto Velho, Belém, Manaus são as cidades cujos termos foram mais acessados. Ocupando as últimas colocações estão cidades dos estados que buscam menos pelo assunto: Porto Alegre, Campinas, Sorocaba e Diadema foram listadas.

O que tem na rede agora?

Hoje, quando alguém pesquisa por “Desenvolvimento Sustentável” no Google, obtém 9,2 milhões de resultados. Além desses resultados, há a apresentação do conceito do termo com base no verbete da Wikipedia à direita na tela e quatro anúncios de empresas.

Entre os primeiros 10 resultados orgânicos, há quatro instituições não governamentais: WWF, CEBDS, O Eco e Nações Unidas. Os outros seis resultados mostram sites relacionados à Educação. Os primeiros são Toda Matéria, Sua Pesquisa, Brasil Escola, Info Escola e Mundo Educação.

Ao que parece, o desenvolvimento sustentável deixou de ser uma possibilidade real para as pessoas do Sul e do Sudeste e virou apenas matéria de escola. Enquanto isso, o Norte com uma população menor e menos recursos, luta sozinho para preservar o patrimônio ambiental de todos os brasileiros enquanto luta para sair do subdesenvolvimento.