A taxa de desocupação, que mede o desemprego no País, fechou o trimestre encerrado em outubro em 8,3%, o que representa 9 milhões de brasileiros sem emprego. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa mostra um crescimento para o número de empregados com carteira de trabalho assinada. Em relação ao trimestre anterior, o aumento foi de 2,3% (822 mil pessoas), chegando a 36,6 milhões. Por outro lado, o número de empregados sem carteira assinada bateu o recorde, chegando a 13,4 milhões de pessoas. O aumento é de 2,3% (297 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 11,8% (1,4 milhão de pessoas) no ano.
A informalidade atinge 39,1% da população ocupada, o que representa 39 milhões de brasileiros. Mesmo sendo muito alta, ela recuou um pouco em relação ao trimestre anterior, quando foi de 39,4%.
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Já o rendimento real habitual cresceu, aumentando 2,9% em relação ao trimestre anterior, chegando ao valor de R$ 2.754. Entre as posições, destaque para as altas no grupo de Empregado no setor público (3,4%, ou mais R$ 137) e Conta própria (3,3%, ou mais R$ 69).
De acordo com o economista e diretor do Reconta Aí, Sérgio Mendonça, é importante destacar o crescimento da massa de rendimento real habitual. Ela chegou a R$ 269,5 bilhões, um crescimento de 4% no trimestre e 11,5% na comparação anual.
"Apesar do alto endividamento e da alta inadimplência das pessoas e famílias, esse indicador deve sinalizar um crescimento maior da economia em 2023, acima dos 0,7% previsto pelo mercado - pesquisa Focus do Banco Central", explica o economista.