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De férias com o ex: o turismo era uma festa danada antes do golpe

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Imagem do site Recontaai.com.br

Atualmente, vários países estão com suas fronteiras fechadas para brasileiros por causa do descontrole sanitário. Mas há dez anos, quando não tinha a Covid-19, era possível tirar férias

Em 2010, a revista Veja noticiou que o gasto dos turistas brasileiros no exterior havia somado US$ 1,69 bi no mês de outubro daquele ano. Foi um recorde da série histórica iniciada em 1947, segundo o Banco Central. Com o dólar custando cerca de R$ 1,70 e com uma taxa de desemprego de 6,7%, não seria difícil imaginar qual foi o motivo de tanta andança pelo mundo.

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Porém, desde o golpe institucional contra a presidenta Dilma Roussef a situção é outra. Das declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre “Empregada doméstica indo pra Disneylândia, uma festa danada” até o preço do dólar, a verdade é que as férias do brasileiro médio não comportam mais as viagens ao exterior.

2020, o ano das férias frustradas

No mês de julho de 2020, as despesas dos brasileiros com viagens ao exterior diminiram em 85,9% em comparação com com julho de 2019. Contudo, essa queda não se deve somente à pandemia e ao Covid-19, mas também ao preço do dólar e o desemprego.

Nesse sentido, o dólar passou de R$ 1,68 na média mensal de janeiro de 2011 a impressionantes R$ 5,47 na média mensal de janeiro de 2021. Um aumento de 225,59%. Bem como o desemprego, que nos últimos dez anos saltou de uma média de 6% e 2011, para os atuais 13,1%, segundo dados do IBGE.

Sem o controle sanitário da pandemia, sem a vacinação em massa e com um País de desempregados, 2021 promete repetir essa situação.

O medo de avião

Entrar pela primeira vez em um avião foi algo que aconteceu com inúmeras pessoas durante os governo Lula e Dilma. Enquanto os passageiros habituais reclamavam que aeroportos pareciam rodoviárias, trabalhadoras e trabalhadores ganhavam o mundo. E com isso, movimentavam o mercado aéreo brasileiro.

Contudo, embarcar em um avião com destino à Disney, ou mesmo aos países da América Latina está cada vez mais caro. De acordo com o site da ANAC, em 2011, 18 companhias aéreas brasileiras publicaram seus balanços. Já em 2020, apenas as três maiores empresas do setor têm seus balanços publicados no site.

Durante esse período algumas das empresas faliram, como foi o caso da WebJet, Avianca. Com isso, fizeram a concorência diminuir e os preços subirem, assim como foram reduzidas as opções de rotas internas e externas.

As férias e o turismo são o descanso de uns e o trabalho de muitos outros. Com a péssima situação econômica do País e o descontrole sobre a pandemia, o medo dos brasileiros pode mudar – do medo de avião, pelo meno de nunca mais poder voar.

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