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Crise militar: Oposição pede impeachment de Bolsonaro

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Imagem do site Recontaai.com.br

As lideranças da oposição e da minoria nas duas casas do Congresso protocolaram nesta quarta-feira (31) um novo pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro. A motivação foram os fatos relacionados à demissão de Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa.

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“O presidente da República exigia do ministro da Defesa a exoneração do
Comandante do Exército, já que este, entre outras atitudes de falta de apoio ao seu autoritarismo, não fez críticas ao STF pelo julgamento que devolveu os direitos políticos ao ex-presidente Lula“, diz o documento, que afirma que Bolsonaro agiu para “praticar abuso do poder”.

Os parlamentares elogiaram a posição do ex-ministro da Defesa e os comandantes demitidos das três forças. “O general Azevedo e Silva não poderia ter sido mais explícito em sua nota”, apontou Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder da minoria no Congresso.

Um outro ponto levantado no pedido é que Bolsonaro deseja colocar as Forças Armadas contra outros poderes, incluindo os governadores que implementam medidas de isolamento social.

“A mudança ministerial pretende encobrir fracasso do governo Jair Bolsonaro”, criticou Randolfe Rodrigues (REDE-AP), líder da oposição no Senado.

Segundo o pedido, “o Sr. Presidente da República pretende se utilizar das Forças Armadas para promover seu projeto autoritário de poder, alheio a todos os mandamentos da nossa Constituição democrática e republicana”.

“Por todos os relatos, o ministro da Defesa foi demitido por suas qualidades, por ter mantido as Forças Armadas como instituição de Estado”, sintetizou Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição na Câmara.

De acordo com o novo pedido, as ações de Bolsonaro que culminaram na crise militar podem ser enquadradas em ao menos sete condutas passíveis de impeachment, que se somam a violações anteriores. “Bolsonaro já percorreu todo o cardápio da Lei dos Crimes de Responsabilidade”, apontou Jean-Paul Prates (PT-RN), líder da minoria no Senado.

“O impeachment é uma necessidade. Manutenção de Bolsonaro na presidência significa o aumento da morte, da fome e do desemprego. As Forças Armadas não podem ser tratadas como milícias”, apontou Marcelo Freixo (PSOL-RJ), líder da minoria na Câmara, que ressaltou a simbologia de apresentar o pedido na mesma data em que o Governo Federal celebra o golpe militar de 1964, ainda que ele tenha ocorrido de fato em 1º de Abril.