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CPI da Covid: Sócio da Belcher confirma relação com Ricardo Barros

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Emanuel Catori, diretor-presidente da Belcher Farmacêutica, afirmou hoje (24) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado que manteve contato com deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), suspeito de operar um esquema dentro do Ministério da Saúde.

O presidente da empresa, entretanto, negou que tenha se utilizado de sua relação com Barros - segundo ele, conhecido de longa data de seu sócio - para negociar vacinas com o Governo Federal.

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"Conversas eu converso com ele normalmente, mas nada sobre negócio. Ele é de Maringá. Nós somos de Maringá", disse aos parlamentares.

A Belcher represetava a chinesa CanSino, fabricante da vacina Convidecia. Mesmo tendo reconhecido que uma de suas reuniões no Ministério da Saúde foi marcada por intermédio de Barros, Catori sustentou que o encontro não girou em torno de vacinas, mas de medicamentos antivirais.

Em junho de 2021, a companhia chinesa rompeu o contrato com a Belcher.

O nome de Barros se tornou constante na CPI após os irmãos Miranda afirmarem que Jair Bolsonaro teria indicado o deputado, que é líder do governo na Câmara, como responsável por um possível esquema na negociação de vacinas. Os irmãos alegam que houve uma pressão incomum para a liberação da importação do imunizante indiano Covaxin.

A possibilidade de contratação da vacina indiana foi acelerada por uma Medida Provisória sugerida por Barros ao governo. Após o escândalo, a Saúde suspendeu a contratação da Covaxin. A Pasta também não avançou nas negociações em torno da Convidecia.