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CPI da Covid: "Política criminosa", diz paciente da Prevent Senior

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CPI da Covid 4

Tadeu Andrade, paciente da Prevent Senior, qualificou como "criminosa" a política da Prevent Senior, operadora do qual é usuário. A declaração foi dada à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado.

O depoente afirmou que é uma "testemunha viva de uma política criminosa dessa corporação". Andrade teve atendimento inicial por teleconferência. Em seguida, ele recebeu o chamado kit-covid por um motoboy. "O tratamento era para durar cinco dias. Mas eu não melhorei, eu piorei", relatou. Com a piora, Andrade foi internato e intubado.

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A família de Andrade chegou a ser informada de que ele seria transferido de quarto e que provavelmente morreria. Mesmo sem a autorização da família, foi registrado no prontuário o início do "tratamento paliativo", que deixa de aplicar métodos para manter a vida do paciente.

Uma série de médicos da Prevent endossaram a posição da médica que sugeriu os cuidados paliativos.

Os familiares do paciente, então, ameaçaram processar o convênio se Andrade fosse retirado da UTI. Além disso, um médico particular foi contratado como uma espécie de "fiscal dos procedimentos".

"Em poucos dias, eu iria a óbito [se minha família aceitasse a posição da Prevent]. Disseram que não tinha mais jeito. Disseram que era mais conveniente vir a óbito com uma 'bomba' de morfina", disse Andrade. O senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico, afirmou que, caso a família não tivesse contestado a decisão, realmente teria morrido: "Indicação absurda, para acabar com a vida dele".