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CPI da Covid: Depoente desta quarta-feira (1º) é internado

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Imagem do site Recontaai.com.br

O depoimento do advogado Marcos Tolentino na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado nesta quarta-feira (1º) foi suspenso. Na manhã de hoje, representantes teriam informado o colegiado que o depoente foi internado por sequelas da covid-19.

Tolentino, que também é dono de uma rede de televisão, é suspeito de ser sócio oculto do FIB Bank, instituição que forneceu uma garantia financeira à Precisa Medicamentos como requisito para que esta fechasse contrato com o Ministério da Saúde para aquisição da vacina indiana Covaxin. Há suspeitas de que a garantia, uma espécie de seguro, é irregular.

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Os senadores têm interesse ainda no depoimento de Tolentino pelo fato de que o depoente é próximo do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. O parlamentar é suspeito de ser o centro de um esquema no Ministério da Saúde que teria alguma vantagem ilícita com o contrato da Covaxin.

Os irmãos Miranda afirmam que houve uma pressão inédita para a aprovação da importação da vacina. Além disso, Barros sugeriu uma Medida Provisória ao governo que facilitava a liberação do imunizante no País.

Com a mudança, o motoboy Ivanildo Gonçalves deve ser ouvido nesta quarta-feira. Empregado da VTCLog, empresa contratada pela Saúde para armazenar medicamentos e vacinas, ele é suspeito de ter realizado saques em dinheiro em um volume que ultrapassa R$ 4 milhões. Neste caso, a suspeita é de que os valores eram destinados ao pagamento de boletos de Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde.

Dias é também suspeito de ter cobrado propina na negociação de imunizantes, no caso relacionado à empresa Davati, que dizia ter como fornecer 400 milhões de doses da AstraZeneca, sem nunca ter comprovado a capacidade de honrar a oferta. No Brasil, a vacina do consórcio Oxford/AstraZeneca é produzida pela Fio Cruz. A parceria internacional nega a utilização de empresas de intermediação comercial para fechar contratos com governos.