Hallal considera o Brasil um dos piores países em resposta à covid-19. Para ele, quatro em cada cinco mortes teriam sido evitadas se a nação estivesse dentro da média mundial de óbitos
Segundo dados apresentados por Pedro Hallal, se o Brasil tivesse seguido a média de mortalidade - número de mortes em relação ao tamanho da população mundial, quatro a cada cinco mortes no Brasil não teriam ocorrido.
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O epidemiologista e professor da UFPel presta nesta quinta-feira (24) depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado.
O pesquisador foi enfático, seguindo a mesma linha de Jurema Werneck, ao afirmar que o Brasil teve um dos piores enfrentamentos da pandemia.
"Não é porque é populoso, não é porque não é desenvolvido, não é por conta de pirâmide etária", disse, mostrando gráficos que colocavam o Brasil em situação pior do que grupos de países elencados de acordo com esses critérios.
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O Brasil tem os piores índices entre os mais dez populosos do mundo e entre os BRICS, por exemplo.
Hallal explicou por que utilizar a taxa de mortalidade e não a de letalidade, esta calculada pela divisão do número de mortes pelo número de casos. A taxa de letalidade é um índice ruim pois depende da quantidade de testagem.
E o baixo nível de testagem foi um dos elementos que prejudicaram o Brasil. Hallal citou os "sete pecado capitais no enfrentamento da pandemia" no Brasil: além da pouca testagem e rastreamento, a demora e desestímulo à vacinação, a promoção de tratamentos ineficazes, a ausência de liderança, não estímulo a uso de máscaras, abordagem clínica (individual) contra a abordagem epidemiológica (coletiva) e falta de comunicação unificada.